domingo, 16 de novembro de 2008

Ritmos Africanos Do Recife

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terça-feira, 28 de outubro de 2008

Caboclo e Umbanda

Na Umbanda, o caboclo tornou-se um dos vértices do triângulo, pois a Umbanda estrutura-se teologicamente nos Caboclos, Pretos-Velhos e Crianças. O caboclo aí apresenta-se sob várias modalidades: Caboclos de pena, boiadeiros, baianos, marinheiros, ciganos, e outros de menor importância. Diferentemente do que acontece no Candomblé de angola, o caboclo na Umbanda é uma entidade, que, apesar de ligada a um orixá, trabalha independentemente deste, pois não é seu emissário direto como no Candomblé. Não é porta-voz do Orixá, tampouco traz recados ou recomendações do mesmo. Sua autonomia é de tal monta, que há filhos-de-santo de Umbanda, que se dizem filhos de Caboclo. Os caboclos de pena, os índios, usam às vezes um cocar colorido, às vezes nem isso, dependendo do grau de assimilação do terreiro ao catolicismo, fumam charuto, bebem vinho branco, falam um português arrevessado como se fossem índios, dão gritos como se estivessem na selva, e são especialistas em expulsar as doenças do corpo dos homens, através de baforadas de fumaça e de gestos com as mãos em torno do corpo do consulente. Seus nomes evocam tribos ou guerreiros já nomeados no romantismo, como por exemplo, Caboclo Tupinambá, Caboclo Tapuia, Cabocla Jurema, Cabocla Iracema, Cacique Pena Branca, Cacique Sete Flexas, e outros mais. Na Umbanda, há a presença de Caboclas, o que não acontece no Candomblé de rito Angola, onde não se cultuam entidades caboclas do sexo feminino.
Os demais caboclos, boiadeiros e baianos, falam o portuguuês com um forte acento regional nordestino, bebem, os primeiros cerveja, e os outros, aguardente de cana de açúcar com leite de coco, fumam cigarros de palha e são muito zombeteiros, engraçados, brigões, mulherengos e feiticeiros. São muito requisitados para desmanchar feitiços, arrumar marido para as solteironas, enviar malefícios para os outros. Os marinheiros chegam sempre mareados, cambaleando de um lado para o outro, falando muitos palavrões, sempre se referindo ao mar e ao mundo do marujo. Não existem mulheres marinheiras, nem boiadeiras, algumas baianas. Nos terreiros menos assimilados, vestem-se de boiadeiros, roupas, botas e chapéu de couro, os baianos vestem-se como os cangaceiros do nordeste (grupos de homens armados que atravessavam o sertão nordestino pilhando e saqueando as populações, desafiando o poder centralizado, sendo o mais importante deles o bando de Lampião, cujo chefe, Lampião, foi morto em 1934 e hoje, ele e sua mulher Maria Bonita, apresentam-se como entidades nos terreiros de Umbanda ), e os marinheiros usam a roupa de marinheiro e bebem muita cachaça pura. Quanto aos ciganos, se apresentam como ciganos, e o maior número de entidades é constituído de mulheres, que falam um português meio espanholado, lêem a sorte dos consulentes, vestem-se como ciganas, muitas jóias e adereços, gostam de vinhos finos, tipo champagne, e são muito procuradas para resolver casos de magia amorosa.

Quimbanda

A quimbanda também é de origem
banto, fazendo parte do complexo congo-angola. A origem do nome é da língua banto kibundo e significa curandeiro, adivinho, aquele que tem o poder de lidar com os espíritos bons e ruins. No Brasil, o termo tomou outra semântica e passou a significar aquela parte do culto da umbanda que trabalha esclusivamente com os Exus e outros espíritos considerados trevosos, já por influência kardecista, como vimos acontecer na Umbanda. Não sabemos da existência de nenhum templo de Qimbanda pura, mas todo templo de Umbanda traçada, ou da Umbanda mais africanizada, tem seus momentos de pura Quimbanda. Há um ditado na Umbanda que diz: Umbanda sem Quimbanda não existe. Nas cerimônias de Quimbanda, só entram em transe médiuns que recebem Exu, Pomba-Gira (Exu mulher) ou espíritos de Preto-Velho, ou Caboclo ligados de alguma forma aos Exus. É abundante o uso de pólvora, cigarrros e charutos, assim como o sacrifício de animais, principalmente os de cores pretas. Segundo os próprios Umbandistas, há malefícios ou feitiços que só podem ser desmanchados por uma espírito de Quimbanda, onde como Caboclos, aparecem figuras da história não oficial brasileira, como os famosos bandidos de várias épocas, prostitutas famosas, ciganos e escravos rebelados. A quimbanda dá conta de uma sociedade marginalizada e conta uma história não oficializada.

Casa das Minas do Maranhão

4.4. CASA DAS MINAS DO MARANHÃO
As primeiras informações sobre a Casa das Minas do Maranhão nos foram dadas por Nunes Pereira (PEREIRA: ) que era filho de uma iniciada naquele ritual. Segundo Nunes Pereira, a casa das Minas era uma sociedade bastante fechada aos olhares estranhos, mantinha uma forte hierarquia e mantinha em seus postos chaves, figuras femininas. Seu panteão era composto de deuses daomedanos, chamados Voduns que se apresentavam, através da possessão, em famílias de deuses. Além do contacto com os Voduns, havia também um grupo de divindades intermediárias, entidades infantis do sexo feminino, denominadas Tobossis. Nunes Pereira pesquisou essa casa nos anos 30, quando a mesma era dirigida por Mãe Andressa.
Anos depois, novas informações são coletadas e analisadas por um outro pesquisador maranhense, Sérgio Ferretti (FERRETTI:1985) que aponta algumas diferenças entre o tempo de Mãe Andressa e o momento atual. Há poucas iniciações graças o rigor com que são tratadas as novas noviças. As Tobossi desapareceram pois perderam-se os fundamentos para preparar as Voduncis para recebê-las. A casa mantêm-se tal como nos outros tempos, cultuam-se ainda os Voduns, mas está bastante diferente do tempo de Mãe Andressa, pois perdeu parte do seu esplendor.

Os Voduns da Casa das Minas são figuras históricas do antigo reino do Daomé e foram inclusive reconhecidos pelos membros dessa antiga casa real. Durante a possessão, fumam cachimbo e falam com os participantes e visitantes e nada é feito sem sua expressa autorização.

Segundo Pierre Fatumbi Verger, essa casa teria sido fundada por uma rainha-mãe daomedana que anos depois retornaria ao Daomé, levada por seu filho, quando este recuperou o trono e encetou intensa busca entre o Brasil e o Haiti, seguindo a rota dos mercadores de escravos, encontrando-a no Maranhão.

Xangô de Pernambuco

4.2 XANGÔ DE PERNAMBUCO
O Xangô de Pernambuco é uma variante Jeje-nagô, pois assemelha-se muito ao Candomblé baiano, tanto nos rituais privados (iniciação, feitura, bori, ebós, etc.) quanto nos rituais públicos, com a diferença que nos rituais públicos, quando os orixás vem dançar incorporados nos filhos-de-santo, são paramentados luxuosamente, enquanto no Xangô pernambucano, o filho continua vestido com a mesma roupa. Os Xangôs tanto de Pernambuco, quanto dos outros estados nordestinos limítrofes a Pernambuco sofreram uma brutal perseguição policial a tal ponto de se criar em Alagoas um outros ramo, o Xangô rezado-baixo , quando nos rituais não se usavam os atabaques e a raspagem da cabeça do fiel não se fazia mais para fugir à arbitrariedade policial. O Pai-de-santo Adão Ventura talvez tenha sido, senão o fundador do Xangô, uma de suas figuras mais ilustres. (PRANDI: 1987 )

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Caboclas





Caboclas





Caboclas





Boiadeiros



Baianos








segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Baianas

maria quitéria
7 saias
baiana do balaio
maria baiana

Cadomblé (xangô)



Candomblé (oxumarê)




Candomblé (oxum)





domingo, 19 de outubro de 2008

Candomblé (oxossi)



Candomblé (oxalá)



Candomblé (ossain)


Candomblé (omulu)